terça-feira, 4 de junho de 2013

O Espírito do Homem

Alguma coisa está faltando. Alguma coisa está obviamente faltando. Todos sabem disso. Alguns tentam encontrá-la nos prazeres físicos, outros se entregam com afinco à educação, esperando encontrar a resposta, enquanto a maioria se arrasta dia a dia, meramente vivendo. Dentro, porém, a interrogação permanece. Como uma melodia que não pode ser esquecida, esta dúvida volta repetidas vezes, aquele sentimento de que deve haver algo mais do que isto na vida. Quando você relaxa, tenta dormir, a sensação retorna. Alguma coisa está faltando.
O QUE É O HOMEM?

O homem é um mistério. Embora saibamos hoje mais do que nunca a seu respeito, cada vez o compreendemos menos. O que é um homem? Do que ele é composto? Para a maior parte dos filósofos, psicólogos e teólogos, o homem não é tão simples. Ele é tido como uma entidade com dupla natureza: física e metafísica, biológica e psicológica. Esta é a compreensão comum da natureza do homem. Ainda assim, à luz desse entendimento, permanecemos sem poderes para satisfazer a sensação de vazio interior. O homem, portanto, continua sendo um mistério. De onde vem esta sensação? A fim de penetrar no mistério do homem, você precisa ir além do mundo físico e do psicológico para encontrar a chave perdida.

"E o Senhor Deus formou o homem do pó da terra." - Gênesis 2:7

"Por isso, ao entrar no mundo, diz: sacrifício e oferta não quiseste, antes corpo me formaste." - Hebreus 10:5

O CORPO É UM BECO SEM SAÍDA

Todos estão cientes do seu próprio corpo. Ele é real, temporário e presta-se à investigação científica. Se você perguntasse a um químico: "O que é o homem?", ele poderia compor uma tabela analítica e apontar-lhe conclusivamente que o homem se compõe de carbono, hidrogênio, nitrogênio e vários outros elementos. De acordo com o seu campo de pesquisa, ele estaria certo. Contudo, estaria referindo-se somente à parte física do ser humano, idêntico em natureza aos elementos da terra.

Desde o início da história, o homem tem procurado libertar-se da prisão de seu corpo. Tentou encontrar novas maneiras para satisfazer seus sentimentos excessivamente manipulados. Tudo isso para descobrir aquilo que já foi descoberto antes - nada satisfaz. E embora tenha conseguido prolongar sua vida biológica, todo homem ainda chega ao ponto em que precisa admitir que seu corpo é um caminho sem saída. Não há nele chave alguma.

E QUANTO À ALMA?

Se você perguntasse algo sobre o homem a um psicólogo, ele poderia ressaltar-lhe que, além do corpo, existe uma composição mais interna, mais oculta. Você tem uma MENTE - um órgão para pensar; você tem EMOÇÕES - a faculdade de sentimentos interiores, capaz de amar, odiar, estar deprimida e exultante. Ele poderia também salientar que você tem uma VONTADE - uma faculdade para tomar decisões. Desta maneira, seria demonstrado que você não é um mero ser físico, mas também um ser psicológico. Em resumo, você é uma entidade que VIVE, PENSA, SENTE e DECIDE - não um mero pó animado, mas uma verdadeira pessoa viva, tendo uma personalidade única e distinta. Isto, diria ele, é VOCÊ. Seu verdadeiro "ego", explicaria ele, é seu "ego" interior, seu "ego" psicológico, enquanto seu corpo apenas constitui a envoltura exterior do seu ser.

"(...) O primeiro homem, Adão, foi feito alma vivente (...)" - 1 Coríntios 15:45

"(...) e o vosso espírito, alma e corpo, sejam conservados íntegros e irrepreensíveis (...)” - 1 Tessalonissenses 5:23

Na realidade, de acordo com o significado correto da palavra, tal parte psicológica é simplesmente a alma do homem. "Psique" é uma palavra grega que significa "alma". Psicologia é o estudo da alma. As três faculdades - mente, emoção e vontade - formam a personalidade e são meramente os componentes da alma humana. Há muita noção falsa sobre a distinção entre alma e espírito no mundo de hoje, principalmente entre os religiosos.

Os últimos dois séculos da história humana têm visto o levantar espetacular dos poderes da alma. As grandes mentes têm contribuído com uma abundância de pensamentos. As grandes vontades têm produzido uma abundância de ações decisivas no governo e na cultura. Sem dúvida alguma, a alma se elevou ao seu ápice nesses últimos anos.

Contudo, a despeito das grandes realizações humanas, o sentimento de vazio interior permanece. Podemos conquistar a lua, porém, ainda lá dentro de nós resta um território inexplorado - os mais altos pensamentos humanos são esquecidos, suas emoções mais profundas rapidamente se extinguem, suas determinações mais intransigentes vacilam. E, dentro da alma do homem, a busca pela chave termina em frustração.

O ESPÍRITO: A TERCEIRA PARTE DO SER HUMANO

Oculta e obscurecida, existe uma faculdade profunda dentro do homem, que permaneceu um mistério através de todas as épocas. É tal objeto desconhecido a toda investigação dos sedentos pela realidade. É o fim da busca interior. É mais profundo que sua mente ou seu entendimento. Por si mesmo, você jamais poderia descobri-lo. Poderia meditar, mas nunca o encontraria. Poderia sentar-se debaixo de uma árvore, ficar por horas ao sol ou à sombra, ponderar, limpar a mente de todo pensamento, recordar, concentrar, abrir-se para quaisquer que sejam as forças disponíveis, ser iluminado, o que quer que seja... mesmo assim, você jamais o encontraria.

É mais profundo do que a alma. Assim como o tutano que dá vida está oculto no osso, escondido na alma está o espírito humano. É tão próximo da alma e tão encoberto por ela, que é freqüentemente confundido com a alma... mas não é alma! É o espírito!

"Na verdade, há um ESPÍRITO no homem (...)" - Jó 32:8

"O ESPÍRITO do homem é a lâmpada do Senhor (...)" - Provérbios 20:27

"(...) dividindo alma do ESPÍRITO, juntas e medulas (...)" - Hebreus 4:12

"Aquele que é nascido do Espírito é ESPÍRITO." - João 3:6

"Mas aquele que se une ao Senhor é um ESPÍRITO com Ele." - 1 Coríntios 6:17

"O próprio Espírito testifica com o nosso ESPÍRITO que somos filhos de Deus." -Romanos 8:16

Todos os caminhos para esta parte mais profunda do seu ser têm sido interrompidos... todos os caminhos, exceto um. Somente Deus pode levá-lo lá.

Repetidas vezes vem a aspiração interior, a intranqüilidade, a fome do espírito por realidade. O espírito foi feito para conter o próprio Deus, para ser preenchido por Deus. O homem nunca está satisfeito, porque esta parte mais profunda ainda falta ser preenchida. Na realidade, a verdadeira função de um homem é ser preenchido pela vida de Deus. Para este propósito, ele foi criado com um espírito, um órgão destinado especificamente a conter Deus. A mente pode ser capaz de pensar, mas somente o espírito é capaz de contatar Deus. Deus é um Espírito.

“Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade.” - João 4:24

Assim como o ar que o envolve, Ele é bem acessível e está desejoso de preencher o vazio que foi feito especialmente para Ele. Ele é O Espírito, e você tem um espírito humano - estes dois foram feitos para se combinar - em você. Assim como a luva foi feita para conter a mão, o seu espírito foi feito para conter O Espírito. Nascer de novo é receber O Espírito dentro do seu espírito humano.

Receber a Deus dentro de você não é algo difícil ou complicado. Nem depende de você se aperfeiçoar. Ou mesmo de estudar ou entender coisa alguma. Basta crer. A palavra crer, descrita em vários versículos da Bíblia, também pode ser traduzida para receber. Crer é receber.

“Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” – João 3:16

Jesus Cristo é o Filho unigênito de Deus. Se você crer na Sua obra feita na cruz, onde Ele morreu para nos dar a vida eterna, você recebe O Espírito para dentro do seu espírito humano.

“Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Porque com o coração se crê para justiça e com a boca se confessa a respeito da salvação. (...) Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.” - Rm 10:9,10,13

Você precisa apenas crer com o coração e confessar com sua boca que Jesus é o Senhor. Invocar o Seu Nome de todo o seu ser, dizendo em voz alta “Senhor Jesus! Ó Senhor Jesus!”. Assim como Estevão fez:

“E apedrejavam Estêvão, que invocava e dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito!” – At 7:59

Voltando seu coração para Deus e invocando Seu nome, você encontrará a chave. O próprio Deus virá para dentro de seu espírito. Do mais profundo de seu ser, alguma coisa nova nascerá - alguma coisa que você jamais experimentou antes. A alegria! A plenitude! A satisfação! Toda a sua vida mudará... Agora, girando ao redor de um novo centro, você se tornará um homem normal, um homem que é preenchido por Deus em seu espírito. Você terá encontrado a chave para abrir o mistério do homem. Agora, nada mais estará faltando. Você terá chegado ao fim da busca interior.

"O Senhor Jesus Cristo seja com teu espírito!" (2 Timóteo 4:22)

Extraído do site: Desfrute.net

A vida que vence

“Porque morrestes, e a vossa vida está oculta juntamente com Cristo, em Deus.” Cl 3:3
A vida que Deus determinou para os cristãos é aquela vida que está oculta com Cristo em Deus. Nada pode tocar, afetar ou abalar essa vida. Assim como Cristo é inabalável, também o somos. Assim como Cristo transcende todas as coisas, também nós. Assim como Cristo está perante Deus, também nós estamos perante Ele. Jamais devemos nutrir o pensamento de que somos fracos e derrotados. Para o cristão, não existe fraqueza e derrota; pois "Cristo é a nossa vida" (Cl 3:4). Nada pode tocar nosso Senhor. Essa é a vida de Cristo!

Livro: A Vida que Vence.

terça-feira, 28 de maio de 2013

Momentos de Instrução

Que os filhos precisam de orientação todos os pais sabem. Eles são jovens, precipitados, imaturos e precisam urgentemente de uma base segura para poder caminhar. Entretanto, somente saber o que são e do que precisam não resolve a situação deles. É necessário conteúdo e maturidade da parte dos pais para cumprir o papel de orientadores. Por que muitos pais não são bem sucedidos nessa tarefa? Primeiro, porque, às vezes, falta-lhes conteúdo; depois, porque gastam poucos momentos com os filhos para instruí-los.

Há um livro na Bíblia, Provérbios, que pode ajudar os pais nessa orientação e, ao mesmo tempo, ajudá-los a criar momentos edificantes junto com os filhos, descobrindo, assim, os vários conselhos milenares contidos nesse livro. Que tal formular uma dinâmica espiritual, baseada nas admoestações e ensinamentos dos provérbios dos grandes sábios do passado?

Essa dinâmica espiritual pode ser feita da seguinte maneira:

Um participante (ou dois) pode introduzir a dinâmica com uma oração;

Os pais podem estimular os filhos a verem o que o livro de Provérbios trata com respeito, por exemplo, à humildade;

Cada participante poderá ler o versículo que lhe foi indicado;

Alguém pode ser selecionado para falar o que entendeu da porção lida;

Questionar os demais quanto à abordagem feita e verificar se querem acrescentar alguma coisa;

Por fim, os pais concluem essa primeira rodada reforçando o que já foi dito ou trazendo uma abordagem mais madura ou mesmo fazendo uma aplicação do tema em questão para a família.

Para ajudá-los nessa dinâmica, colocaremos uma série de temas importantes, concernentes ao ambiente familiar, que poderão ser consultados:

1. Temer a Deus - Provérbios 1:7; 9:10; 15:16
2. Confiar em Deus - 3:5-8,26; 16:20; 18:10
3. Honrar a Deus - 3:9-10
4. Honrar aos pais - 1:8-9; 3:1-2, 4-5, 11-12, 21-22; 10:1; 20:20; 23:22; 28:24
5. Diligência versus preguiça - 10:45; 13:4
6. Lábios moderados versus muito falar - 10: 19; 17:27a
7. Humildade versus orgulho - 11:2; 18:2
8. Amar a correção versus odiar a repreensão - 12: 1; 15:5, 31-32
9. Conter a ira versus irar-se com facilidade - 12:16
10. Pobreza com amor versus riqueza com ódio - 15:17;17:1
11. Com respeito à glutonaria, ao vinho e ao amor aos prazeres da carne - 20:1; 21:17; 23:20-21; 29-35
12. A ira e a contenda - 20:3; 25:8; 26:20-21; 30:33
13. O pecado - 20:9; 22:8; 28:13
14. Tornar-se fiador - 20:16; 22:26-27
15. A mulher adúltera - 6:24-32
16. As riquezas - 23:4-5; 22:1; 28:6
17. A correção e os açoites - 22:15; 29:15; 23:13-14; 22:6; 20:30
18. A associação com outros - 22:24; 20:19; 28:7
19. O relacionamento com os inimigos - 24:29; 24:17-18; 25:21-22

Encorajamos todos os pais a gastarem tempo com os filhos.

Tenha isso como uma prioridade vital para você e para eles. O sucesso de sua família depende desses momentos. Marque um encontro com os filhos em torno de uma mesa, com uma refeição gostosa preparada em casa mesmo, e você verá o efeito positivo que é considerar a família em alta conta.

Esses momentos de instrução, de interação e de aproximação vão influir na formação espiritual e humana dos filhos. Eles ficarão marcados indelevelmente na vida deles. Além disso, vocês estarão contribuindo para a preparação de pessoas fortes e equilibradas para viver nesta sociedade tão conturbada e sem regras, e a viver a vida da igreja como Deus quer.

Fonte: Jornal Árvore da Vida nº 143

domingo, 5 de maio de 2013

Na presença do Senhor


Deus não se move na terra se a igreja não orar. Orar é mover o braço de Deus. 0 Pai deu toda a autoridade ao Filho e este, à igreja. De modo que o que a igreja ligar aqui na terra, terá sido ligado nos céus e o que a igreja desligar na terra terá sido desligado nos céus (Mateus 16:19). 
Além do aspecto de a oração mover o braço de Deus, há também o aspecto de propiciar oportunidade para Deus e o homem desfrutarem da presença um do outro. Você sabia que Deus quer nossa presença com Ele em todo o tempo? Sabemos que precisamos da Sua, mas Ele também precisa da nossa. Por isso, a Bíblia fala de orarmos sem cessar (1 Tessalonicenses 5:17). Por quê? Porque Ele deseja estar em comunhão conosco o tempo todo, e não só quando temos problemas. Esse é o significado da oração. 0 Salmista disse: “Na tua presença há plenitude de alegria, na tua destra, delicia perpetuamente" (Salmo 16: 11). 
Multas vezes só oramos quando nossa vida é acometida por problemas: enfermidades, perdas e frustrações; nessas horas nos curvamos diante de Deus e oramos desesperadamente; quando Deus ouve nossa oração e resolve nossos problemas, ficamos felizes, paramos de orar e vamos viver nossa vida até esquecermos de permanecer em Sua presença.
No Antigo Testamento, o povo de Israel também fazia isso. Só um exemplo: quando José, filho de Jacó, foi ao Egito, Faraó confiou-lhe tudo em suas mãos para que ele pudesse governar sobre todo o Egito, e Faraó também deu Gósen, a melhor terra do Egito, para Israel habitar (Gênesis 47:6,11,27). Israel permaneceu nessa terra, e lá foram fecundos, multiplicaram e esqueceram-se de Deus por um período de 430 anos (Êxodo 12:40,41), até que Deus permitiu que surgisse outro Faraó que não conhecera José. Esse rei usou de astúcia e os afligiu com cargas, fazendo o povo de Israel sofrer muito com trabalho escravo, praticamente (Êxodo 1:7-10). Daí, Israel se lembrou de Deus e começou a clamar por Ele, e Deus ouviu seu clamor (Êxodo 2:23;3:7) e preparou um homem chamado Moisés para tirar o povo do Egito. Por que Deus fez isso? Deus queria que o povo de Israel se lembrasse novamente e voltasse a depender Dele em tudo. 
Moral da história: é muito fácil esquecermos de Deus quando estamos bem e, infelizmente, acabamos afastando-nos de Sua presença. Mas Deus nunca se esquece de nós. Pelo contrário, está sempre desejoso de nossa presença. É Ele mesmo que muitas vezes permite surgirem necessidades em nossa vida, para fazer-nos voltar à Sua presença em oração, clamando por Seu nome, e, assim, somos trazidos de volta a Ele. Que o Senhor nos leve a lembrar sempre de invocar Seu precioso nome em cada instante de nossa vida!


Fonte: Jornal Árvore da Vida

terça-feira, 30 de abril de 2013

Os faciosos da Igreja

O Novo Testamento refere-se aos facciosos na igreja. Em Romanos 16:17, Paulo nos alerta a ficarmos atentos aos facciosos. Eles sustentam ensinamentos facciosos e causam divisões e motivos de tropeço. Eles falam com lisonjas, palavras sedutoras e fingem ser úteis. Se não falassem com palavras suaves ninguém os ouviria. Paulo nos incumbiu de sermos vigilantes quanto aos facciosos, pois eles gostam de ensinar diferentemente e brigam por doutrinas contrárias. Contudo, o teste que devemos aplicar a qualquer conversa facciosa não é o padrão de bom ou mau, certo ou errado. Em vez disso, devemos perguntar: “Isso edifica ou destrói? Isso preserva a unidade ou causa divisão? Isso ajuda você a avançar ou o leva a cair?” Antes de ouvir a conversa facciosa você estava vivo, mas depois de ouvi-la por uma hora, foi mortificado, provando assim que tal dissensão espalha morte. Não analise os facciosos de acordo com o conhecimento de certo ou errado, pois se fizer isso estará provando da arvore do conhecimento do bem e do mal. Você precisa testar todas as opiniões facciosas de acordo com morte ou vida. Após ter ouvido uma conversa facciosa, você está vivo ou morto? Se estiver verdadeiramente vivo, então ouça tanto quanto puder. Todavia, se experimenta morte, você precisa ir ao Senhor e pedir-Lhe que o limpe e o liberte daquela morte. Nas décadas passadas vimos muitos facciosos. Precisamos perceber que em nenhuma igreja a situação está sempre correta. Porém, o resultado não é uma questão de certo ou errado; é uma questão de morte ou vida. Nunca teste uma conversa facciosa pelo padrão de certo ou errado. Meça-a sempre pela morte ou vida. Tudo o que vivifica, você pode receber. Tudo o que o mortifica, você deve rejeitar. 


Paulo encarregou Timóteo de permanecer em Éfeso para fazer uma coisa – admoestar os facciosos a não ensinarem diferentemente, mas se importarem com a dispensação de Deus, o dispensar de Deus como vida (1 Timóteo 1:3-4 – “serviço de Deus” melhor traduzido é “dispensação de Deus”). Outra vez vemos que o teste é a vida. Se a conversa de um homem deposita Deus em você como vida, está ótimo. Se não lhe der vida, mas pelo contrário matá-lo, ela certamente está na linha do conhecimento. 

Fonte: Estudo Vida de Gênesis – Vol 1 – páginas 253 e 254. W.Lee 

Espírito de Perdão

Claro que a primeira palavra que nosso Senhor Jesus disse na cruz está em Lucas 23:34: 
Contudo, Jesus dizia: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. 
Ele estava sendo pregado e levantado naquela cruz para morrer. A primeira palavra que ele disse foi: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. Pense naquelas circunstâncias. O homem que o tinha pregado à cruz ficava em volta zombando dele, abusando-o, ridicularizando-o, rindo dEle. Em circunstâncias como essas nosso Senhor Jesus começa a orar de repente: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. Que espírito diferente é esse! Não havia amargura, apenas amor.
Nosso Senhor Jesus tinha todo o direito de pedir ao Pai por vingança, que julgasse o mundo. Mas ao invés de clamar por vingança, Ele pede ao Pai que perdoe. Ele pôde fazer aquela oração porque lá naquela cruz Ele se ofereceu como nosso substituto. Deus é justo e sua justiça precisa ser satisfeita. Deus não pode perdoar sem que sua justiça seja satisfeita. Mas nosso Senhor Jesus, porque Ele tinha se oferecido a si mesmo como oferta pelo pecado para Deus, tinha o direito de fazer tal oração: Pai, perdoa-lhes e sua oração foi respondida. 
O que é o espírito da cruz? O espírito da cruz é o amor perdoador. 
Desde o dia em que nosso Senhor Jesus foi crucificado, através de toda a história da igreja, desde o primeiro mártir cristão, Estevão, até os nossos dias, o último apelo dos mártires é sempre esse: "Não coloque esse pecado sobre eles, perdoa-Ihes". O espírito de perdão é verdadeiramente o espírito da cruz. 
Nosso maior problema na igreja hoje é a falta do espírito da cruz. Se nós, como povo de Deus, pudermos manter uma distância um do outro, nós conseguimos ser gentis, corteses. Mas Deus nos coloca juntos em uma intimidade tão grande: nós trabalhamos juntos, servimos juntos, adoramos e louvamos juntos. E porque estamos tão juntos, começamos a conhecer-nos melhor e começamos a nos achegar um ao outro mais e mais. Por isso, é inevitável que entre o povo de Deus haja inúmeras oportunidades de nos sentirmos ofendidos com o outro. Quando isso ocorrer, qual será o nosso espírito? Será um espírito de clamor por vingança contra nossos irmãos e irmãs? Ou será o tempo para pedirmos ao Pai para perdoar? Um espírito não perdoador impede a benção do Senhor não só sobre a própria pessoa mas sobre toda a igreja. 
Somos seguidores do Cordeiro, temos tal espírito perdoador? Não importa o quanto os irmãos e irmãs tenham nos ofendido, e estas ofensas podem ser reais e machucar profundamente se olhamos para o Cordeiro, se conhecemos o espírito da cruz, não há nada que possamos fazer a não ser perdoar. 
Você se lembra de Pedro. Pedro era uma pessoa bem aberta, direta, seca. Um dia ele aproximou-se do Senhor e disse: "Até quantas vezes o meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes?" (veja Mateus 18 :21). Isso já era muito difícil a Pedro, ele sentia que perdoar sete vezes já seria mais que suficiente. Mas após perdoar seu irmão sete vezes ele pensou que perdoar a oitava vez não parecia ser mais lógico. Assim, ele veio ao Senhor dizendo: "Será suficiente? O Senhor disse: Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete". (veja Mateus 18: 22). Não significa que você deva apenas contar e multiplicar, mas significa que você deve apenas esquecer.
Chegou a uma conta tão grande que você não conta mais, você não lembra mais. Em outras palavras, você perdoa, perdoa, perdoa e perdoa. Muitas vezes aquilo que o Senhor diz não vai direto ao fim do nosso coração e pensamos: "Isso não tem nenhum sentido". Assim, o Senhor usou uma parábola: “ Um rei tinha servos e um deles devia-lhe dez mil talentos” . Não sei como ele acumulou aquela divida, mas ele jamais poderia paga-la. Ele implorou por misericórdia e o rei o perdoou. Ao deixar a presença do rei, o servo encontrou seu companheiro que lhe devia um pouco, apenas cem denários, quer dizer, o salário de cem dias. E disse ao companheiro: "Pague ou o entregarei à prisão." Então ele o mandou para a prisão. O rei ouviu o que tinha acontecido e disse: "Se perdoei a você tanto, você não deveria perdoar a seu irmão?" (veja Mateus 18: 24-33). 
Irmãos e irmãs, não é verdade que se tomarmos conta do quanto que a nós foi perdoado nos veremos como aquelas pessoas que devem ao Senhor os dez mil talentos? 
Mesmo se vendêssemos a nós mesmos, nossa família, tudo, não seriamos capazes de pagar a nossa divida. Está acima de nós. E contudo, nosso Senhor Jesus em Sua grande misericórdia pede ao Pai que nos perdoe. Somos perdoados de muito, não devemos perdoar aqueles que nos ofendem? Esse é o espírito da cruz. Somos um povo marcado por tal espírito? 
Temos uma memória tão boa. As coisas boas que os outros nos fazem esquecemos facilmente de uma vez. Mas se um irmão ou irmã nos faz, apenas uma vez, uma pequeníssima coisa que nos magoe, não conseguimos esquecer, não perdoamos. Está sempre lá. Todas as vezes que vemos aquele irmão ou aquela irmã há algo rasgando dentro de nós. Um espírito não perdoador, um espírito amargo é a razão de não crescermos no Senhor apropriadamente. E a razão porque temos tantos problemas na igreja: irmão com irmão, irmã com irmã, irmão com irmã não conseguem ser unidos na mente, no espírito, no amor. Lembre disso: O espírito da cruz é um espírito perdoador. 

Fonte: Stephen Kaung

Como Desfrutar Cristo

Todo cristão sabe que Cristo é a vida (João 1:4), o pão da vida (6:35), a água da vida (4:14), e o sopro, o fôlego de vida ou o ar espiritua...